sexta-feira, 13 de julho de 2012

Velório do Professor Eduardo de Oliveira

 

Despedida de meu amigo Eduardo.

Encontro Sarney Frenabra Uberaba

Foto do Encontro de Uberaba – Professor Eduardo de Oliveira – Abdias do Nascimento discursando e na mesa o Prefeito de Uberaba – Wagner do Nascimento ( Fuscão Preto)

Prof. Eduardo de Oliveira como é conhecido nacionalmente. Prof. Eduardo “O Poeta” para nós da geração de 1978 foi um companheiro e amigo mais velho. Seu Hino à Negritude será sempre um marco na nossa africanidade brasileira.

Muito nos ensinou, numa época em que jovens, jogávamos nossa insatisfação e revolta nas ruas em plena Ditadura. Quando policiais mataram o Robson Silveira da Luz, e justificaram que ele tinha sido atropelado. Fomos para as escadas do Teatro Municipal de São Paulo protestar pedindo Justiça. O Professor Eduardo estava conosco, e foi um dos pilares do início desse ato que seria a criação do Movimento Negro Unificado-MNU. Era mais um jovem negro assassinado, e até hoje matam jovens negros. Até hoje protestamos, “Zulmira Somos Nós!”.

Prof. Eduardo esteve conosco quando nesse mesmo ano de 1.978 lançávamos a Coletânea os Cadernos Negros. O primeiro lançamento foi na antiga Livraria Teixeira na Rua Marconi, os donos eram amigos do Professor. Pisei na União Brasileira de Escritores – UBE, acompanhado desse então já consagrado escritor.

Na redemocratização do país, participou ativamente, onde conversamos com dirigentes partidários, governadores, e presidentes de iguais para iguais. Éramos negros e livres, não nos bastavam às migalhas, queríamos sentar nas mesas do país que nossos ancestrais construíram.

Muito temos de falar, contar. Hoje no dia de seu velório na Câmara Municipal de São Paulo, onde foi o primeiro vereador negro em 1.963, irei dar o meu até logo, numa despedida singela. ao presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro–CNAB, um dos militantes mais antigo e presente com sua alegria.

Prof. Eduardo.bmp

Sempre estarão vivos, os presentes na nossa memória e nos nossos corações.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

"O assassino de ZULMIRA acaba de ser preso!”

"O assassino de ZULMIRA acaba de ser preso!

Frei David"

enviando em 11/7/2012 08:55 hrs.

E-mail do Frei David Santos com essa nota. (Reunião com a Educafro e o governador Alkimim 3/07/2012) foi uma das pautas pedida direto ao governador!

Justiça! Quando? JÁ!

A mobilização popular consegue resultados. Mobilização Zulmira Somos Nós!

 Reunião Zulmira 102

Aos meus jovens amigos angolanos

Aos meus jovens irmãos angolanos da UNEA/SP demos um passo importante, nossa UNIÃO entre os negros brasileiros, setores da sociedade brasileira, e angolanos.

Nesses muitos anos de minha vida, creio ter sido algo novo. Não é uma vitória. É apenas um passo no longo caminho. Nem é uma reparação, quem poderá reparar os sonhos perdidos de nossa irmã Zulmira. Mas a certeza de que JUSTIÇA tem de ser feita, e é uma OBRIGAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO.

Zulmira são os jovens negros assassinados. Zulmira Somos Nós!

Um país multi étnico, onde o racismo e xenofobia ainda existem. E agora é transformada em violência e tentativa de massacre e assassinato. Sintam-se em suas casas, este país foi construído com o generoso sangue de angolanos. Em muitos de nós brasileiros, corre o mesmo sangue, somos primos, tios e irmãos. Uma união não só de ideias e intenções, mas da mesma mãe.

No dia em que nos manifestamos debaixo de chuva, denunciavam outros assassinatos. A família de Francisca Ana Villanueva Lopes chorava sua morte. E continuam pedindo Justiça.

Não são sós os assassinos, culpados é o sistema e a sociedade que divide a humanidade. O culpado é o racismo, e é um monstro de muitas cabeças.

Reunião Zulmira BandeiraDomingo dia 15 das 9 as 13 hrs na Rua Riachuelo nº 258 - Educafro, será feito um ato macro religioso, agora uma AÇÃO DE GRAÇAS.Estarão presentes assessores da Presidência e iremos avaliar e sugerir melhorias no Programa do Governo Federal que será lançada nacionalmente sobre "Enfrentamento da violência contra a Juventude Negra" - com a presença dos responsáveis do Palácio do Planalto sobre o programa. Eles nos solicitaram participação da sociedade civil e do Movimento Negro na melhoria do Programa.

A jornada é longa, e já dizia a poesia: “Caminhante não há caminho, o caminho se faz ao caminhar...”

Do mano velho

Hugo

Ato Zulmira Páteo 249