sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Angola pensar é crime Pressão Internacional

O professor Boaventura de Souza Santos, professor da Universidade de Coimbra, na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de SP, onde lançava seus dois novos livros “O Direito dos Oprimidos” e “A Justiça Popular em Cabo Verde” (Cortez Editora), para ampliar vozes e diálogos junto dos Movimentos Sociais. Tendo como foco emergências e desafios das lutas sociais por cidadania e direitos, espera-se com o evento potencializar articulações e interconectar saberes em favor de uma agenda emancipatória de luta por direitos.

Agostinho 2

Interpelado por um jovem angolano no Brasil, Agostinho Martinho sobre a questão de cerceamento da liberdade de expressão em Angola, sobre os presos políticos angolanos, responde numa forma emocionada sobre a questão angolana e o envolvimento necessário dos jovens e movimentos sociais brasileiros, para formar uma pressão internacional ao Governo Angolano.

Lembrou que o Governo Brasileiro não tem interesse nas críticas sociais nos países em que tem interesses em negócios, pouco preocupado com as questões sociais ou defesa dos Direitos Humanos. Citou o caso do moçambicano Boaventura Monjane impedido de entrar no Brasil por críticas à Vale do Rio Doce, que desenvolvia um projeto que prejudicava milhares de famílias em Moçambique. O visto de entrada brasileiro só foi concedido por pressão internacional. O mesmo ocorre em Angola com as empresas transnacionais brasileiras, envolvidas em negócios que estão sobre investigação.

Boaventura Mojane

Chama a atenção de que a questão dos presos políticos angolanos, não é um problema de Angola, e sim uma preocupação de todos que se preocupam com a liberdade de expressão e defesa dos Direitos Humanos. No momento em que os jovens angolanos no Brasil se levantam contra essa opressão, ficam fragilizados sem apoio dos jovens brasileiros e da sociedade civil, podendo sofrer pressões e penalidades (o que já está ocorrendo), só com o apoio em manifestações e assinaturas do pedido de liberdade dos brasileiros, poderão se sentir seguros no seu justo pedido de uma democracia para Angola.

A paralisação da greve de fome pelo preso político Luaty Beirão, no seu 36º dia um fato simbólico idêntico aos 36 anos de permanência do presidente José Eduardo dos Santos de forma interrupta, não significa uma vitória mas uma continuidade de luta, já que os 15 + 2 presos políticos serão julgados agora no mês de novembro. Acusados por estarem lendo um livro de tentativa de golpe contra o presidente José Eduardo no poder há 36 anos, onde em Angola pensar torna-se um crime.

Assista o depoimento do professor Boaventura de Souza e o pedido de participação para a Sociedade Brasileira.

Em finais dos anos 1960, partiu para a Universidade de Yale com o objetivo de se doutorar. A sua tese de doutoramento, publicada pela primeira vez em português em 2015 (Direito dos Oprimidos, Almedina), é um marco fundamental na sociologia do direito, que resultou do trabalho de campo centrado em observação participante numa favela do Rio de Janeiro.

Fontes: Transnacionais avançam sobre Moçambique http://www.brasildefato.com.br/node/4606

Wikipédia Biografia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Boaventura_de_Sousa_Santos

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O "racismo cordial brasileiro" mata mais uma vez.

 

Bata

Em 2012 quando ocorreu o ataque aos estudantes angolanos no Brás, nossa irmã Zulmira Cardoso morreu assassinada com um tiro na cabeça. Nesse momento foram organizados protestos e surgiu uma "Mobilização Zulmira Somos Nós" outros casos de mortes e violências foram levantados na época contra africanos e caribenhos. No dia da manifestação em frente a Secretaria de Justiça, denúncias de morte e violências contra imigrantes latinos americanos em São Paulo, totalmente ignorados pela polícia e mídia tradicional.

clip_image002

Surge nas mortes a invisibilidade dos descendentes de escravisados: “Índios” nativos da América e africanos, todos escravisados pelos “colonizadores europeus” diferentes mas negros (termo usado para escravizados) : “negros da terra” (índios) e “negros da guiné”. Todos periféricos e excluídos do sistema.

Por serem negros (pretos) recebem o ódio de uma sociedade que ainda não sabe lidar com o passado de ter sido o maior país escravagista do mundo. O que fazer com os descendentes de ex-escravizados no Brasil? Exclui-los e confinar nas periferias, erguer grandes muros, guaritas, e uma força policial destinada a proteger à propriedade particular dos privilegiados. Erguer muros, barreiras em shoppings, condomínios e praias.

Os imigrantes e refugiados, não tem a "paciência" ou a malícia do negro brasileiro de não responder à provocações, quando reagem à essas provocações, são violentamente espancados ( caso dos estudantes angolanos na USP que roubados, foram reclamar para a polícia confundidos com ladrões apanharam da polícia) ou morrem como Zulmira Cardoso a angolana que iria voltar diplomada morta com um tiro na cabeça ou o haitiano Fetiere Sterlin morto recentemente com dez facadas no peito.

Sterlin 

O haitiano Fetiere Sterlin

Os movimentos negros na sua retomada nos anos 70 tinham uma ampla articulação com os movimentos africanos  e da Diápora africana. Havia contato com Angola, Moçambique, Cabo Verde, África do Sul,  França e Estados Unidos.

Hoje muita coisa se perdeu, quando se fala em uma ação pan-africanista de solidariedade, há setores que dizem: “temos de nos preocupar com os nossos problemas, do genocídio da juventude negra no Brasil…” Esquecem que separados não somos tão fortes, e que o Brasil pouco ou nada aparece na mídia internacional. Essa visão de um projeto de união pan-africanista surge forte quando os movimentos contra a violência do estado contra a população negra, pobre e periférica (Amparar, Mães de Maio, Mães do Cárcere) se unem em apoio ao pedido de solidariedade aos presos políticos angolanos: Liberdade Já! #liberdadeja

O que apoiar em cenários políticos complexos e distantes. A mídia tradicional brasileira é voltada para uma visão eurocentrista e norte-americana. Nessas horas é que surge a voz forte do poeta Solano Trindade “pernambucano que se instalou no Embu das Artes em São Paulo).

Solano Trindade Negros

 

Mães de Maio: Liberdade já! Aos jovens angolanos presos.

clip_image004

Cohab 2 Itaquera Zona Leste SP

Importantes organizações dos movimentos negros e periféricos unem-se no pedido da libertação dos jovens ativistas angolanos entre elas a OLPN (Organização pela Libertação do Povo Negro) , Círculo Palmarino, Conen (Coordenação Nacional de Entidades Negras), o SOS Racismo da Assembleia Legislativa de São Paulo através de sua coordenadora Eliane Dias. Vários rappers e músicos brasileiros se unem à luta dos rappers angolanos. Um deles é Chico César.

SOS Eliane (26) (1024x576)

Luiza Erundina deputada brasileira apresentou em seu pronunciamento hoje, no parlamento federal, uma moção de apoio aos presos políticos angolanos e apelo à ‪#‎LiberdadeJá dos 15+2. A moção será encaminhada ao Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

 

Hora de organizar uma frente, contra as violências racistas contra africanos e caribenhos no Brasil. É essa a proposta da Mobilização Diáspora SP."

Hugo Ferreira Zambukaki

Fontes:

Discurso da deputada Luiza Erundina https://www.youtube.com/watch?v=PcWtEbH0-jM

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/10/19/haitiano-e-assassinado-em-navegantes-sc.htm

Estudantes estrangeiros da USP são espancados pela polícia militar, após reagirem a provocações racistas
Leia a matéria completa em: Estudantes estrangeiros da USP são espancados pela polícia militar, após reagirem a provocações racistas - Geledés http://www.geledes.org.br/32721/#ixzz3pIwWNmEi
Follow us: @geledes on Twitter | geledes on Facebook

O "racismo cordial brasileiro" mata mais uma vez.

 

Bata

Em 2012 quando ocorreu o ataque aos estudantes angolanos no Brás, nossa irmã Zulmira Cardoso morreu assassinada com um tiro na cabeça. Nesse momento foram organizados protestos e surgiu uma "Mobilização Zulmira Somos Nós" outros casos de mortes e violências foram levantados na época contra africanos e caribenhos. No dia da manifestação em frente a Secretaria de Justiça, denúncias de morte e violências contra imigrantes latinos americanos em São Paulo, totalmente ignorados pela polícia e mídia tradicional.

clip_image002

Surge nas mortes a invisibilidade dos descendentes de escravisados: “Índios” nativos da América e africanos, todos escravisados pelos “colonizadores europeus” diferentes mas negros (termo usado para escravizados) : “negros da terra” (índios) e “negros da guiné”. Todos periféricos e excluídos do sistema.

Por serem negros (pretos) recebem o ódio de uma sociedade que ainda não sabe lidar com o passado de ter sido o maior país escravagista do mundo. O que fazer com os descendentes de ex-escravizados no Brasil? Exclui-los e confinar nas periferias, erguer grandes muros, guaritas, e uma força policial destinada a proteger à propriedade particular dos privilegiados. Erguer muros, barreiras em shoppings, condomínios e praias.

Os imigrantes e refugiados, não tem a "paciência" ou a malícia do negro brasileiro de não responder à provocações, quando reagem à essas provocações, são violentamente espancados ( caso dos estudantes angolanos na USP que roubados, foram reclamar para a polícia confundidos com ladrões apanharam da polícia) ou morrem como Zulmira Cardoso a angolana que iria voltar diplomada morta com um tiro na cabeça ou o haitiano Fetiere Sterlin morto recentemente com dez facadas no peito.

Sterlin 

O haitiano Fetiere Sterlin

Os movimentos negros na sua retomada nos anos 70 tinham uma ampla articulação com os movimentos africanos  e da Diápora africana. Havia contato com Angola, Moçambique, Cabo Verde, África do Sul,  França e Estados Unidos.

Hoje muita coisa se perdeu, quando se fala em uma ação pan-africanista de solidariedade, há setores que dizem: “temos de nos preocupar com os nossos problemas, do genocídio da juventude negra no Brasil…” Esquecem que separados não somos tão fortes, e que o Brasil pouco ou nada aparece na mídia internacional. Essa visão de um projeto de união pan-africanista surge forte quando os movimentos contra a violência do estado contra a população negra, pobre e periférica (Amparar, Mães de Maio, Mães do Cárcere) se unem em apoio ao pedido de solidariedade aos presos políticos angolanos: Liberdade Já! #liberdadeja

O que apoiar em cenários políticos complexos e distantes. A mídia tradicional brasileira é voltada para uma visão eurocentrista e norte-americana. Nessas horas é que surge a voz forte do poeta Solano Trindade “pernambucano que se instalou no Embu das Artes em São Paulo).

Solano Trindade Negros

 

Mães de Maio: Liberdade já! Aos jovens angolanos presos.

clip_image004

Cohab 2 Itaquera Zona Leste SP

Importantes organizações dos movimentos negros e periféricos unem-se no pedido da libertação dos jovens ativistas angolanos entre elas a OLPN (Organização pela Libertação do Povo Negro) , Círculo Palmarino, Conen (Coordenação Nacional de Entidades Negras), o SOS Racismo da Assembleia Legislativa de São Paulo através de sua coordenadora Eliane Dias. Vários rappers e músicos brasileiros se unem à luta dos rappers angolanos. Um deles é Chico César.

SOS Eliane (26) (1024x576)

Luiza Erundina deputada brasileira apresentou em seu pronunciamento hoje, no parlamento federal, uma moção de apoio aos presos políticos angolanos e apelo à ‪#‎LiberdadeJá dos 15+2. A moção será encaminhada ao Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

 

Hora de organizar uma frente, contra as violências racistas contra africanos e caribenhos no Brasil. É essa a proposta da Mobilização Diáspora SP."

Hugo Ferreira Zambukaki

Fontes:

Discurso da deputada Luiza Erundina https://www.youtube.com/watch?v=PcWtEbH0-jM

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/10/19/haitiano-e-assassinado-em-navegantes-sc.htm

Estudantes estrangeiros da USP são espancados pela polícia militar, após reagirem a provocações racistas
Leia a matéria completa em: Estudantes estrangeiros da USP são espancados pela polícia militar, após reagirem a provocações racistas - Geledés http://www.geledes.org.br/32721/#ixzz3pIwWNmEi
Follow us: @geledes on Twitter | geledes on Facebook