Liberdade para os presos políticos de Angola! O garoto sírio Aylan morto na praia, a morte de Cristian Andrade, quem matou os 19 de Osasco/Barueri, cadê o Amarildo?
O QUE EU TENHO COM ISSO?
Difícil entender quem somos nós. Viver nossa vida, com os limites de nossos olhos, ou olhar o mundo?
Há muitos anos entendi que para tentar compreender a história do Brasil, tinha de entender a história do mundo. Quem somos, nossas limitações, nossas barreiras?
Apenas uma grande motivação tenho, não sou cidadão de segunda classe, lutei contra ditaduras, e minha família enfrentou outras. Mais meu pai nasceu em 1898 dez anos depois da “abolição” sofreu preconceitos e barreiras, enfrentou e venceu numa história de superação que admiro.
Vivo o meu tempo, quando era jovem, saímos às ruas questionando a Ditadura Militar, às violências policiais, o determinismo social que pregava que no Brasil “não existia racismo, enquanto o negro soubesse seu lugar”. Ninguém nasce negro no Brasil, torna-se com as barreiras que lhe impõem, e você descobre que tem barreiras na sua própria família, a ideologia da dominação das diferenças lhe é ensinada.
Momento atual, vivemos uma crise do capitalismo, onde o cobertor é curto, e o sul do planeta (explorado, sugado pelo norte) fica ao descoberto. Migrações e refugiados tem diferença? Procurar vida melhor para você e sua família, desejo ancestral que fez a Humanidade migrar da África e colonizar o planeta. Vejo migrantes, refugiado na minha rua, vejo nativos originais (“índios”) pedindo esmola com um artesanato afirmando sua cultura.
Venho de uma época, onde vivíamos uma “luta de libertação da África” ou as guerras coloniais, junto com a luta contra a Ditadura Militar no Brasil. Apoiávamos um preso político da África do Sul, que depois veio à ser presidente, sonhávamos com um militante poeta que também veio à ser presidente em Angola. Fizemos manifestações na frente do Consulado da África do Sul na Paulista, na Praça da Sé comerando a liberdade do preso político pelo Regime do Apartheid, Nelson Mandela.
Hoje África do Sul e Angola, não são os sonhos libertários de Mandela e Agostinho Neto. Procure se informar e apoie a luta dos protagonistas dessa luta. É por isso que apoio e repito a fala de mães, mulheres e irmãs:
“LIBERDADE PARA OS PRESOS POLÍTICOS DE ANGOLA! ”
“QUEM MATOU OS 19 DE OSASCO/BARUERI? ”
“CADÊ OS AMARILDOS? ”
“ZULMIRA SOMOS NÓS! ”
Tantos são os nomes dessas “mortes severinas”, uma luta internacional que começa na esquina de nossa casa, nossas bandeiras são manchadas do sangue escorrido no chão. Separar, dividir colorindo é função do opressor, e ele não seria forte se não tivesse aliados entre os oprimidos.
Hugo Ferreira Zambukaki
Apoie a Petição: Liberdade Já aos presos políticos de Angola!
http://www.peticaopublica.com.br/viewsignatures.aspx…
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