terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Quem matou Zulmira Cardoso?

Quase um ano se passou da “tentativa de massacre no Brás”. No dia 22 de maio de 2012 ocorreu a morte de Zulmira Cardoso, no bairro do Brás, onde mais três estudantes angolanos foram atingidos por tiros. A motivação foi de cunho racista e torpe.

Ato Zulmira Páteo 346

Após várias manifestações em vários estados, conseguiu-se uma audiência com o Governador Geraldo Alckim e depois com o Secretário da Segurança da época. A Polícia de São Paulo apresentou uma pessoa alegando ser o assassino. Hoje solto por ser considerado inocente. O inquérito corre em segredo de Justiça e não há informações oficiais sobre as investigações.

"Não apareceu no New York Times, mas na “TV Al Jazeera”

Quem matou Zulmira Cardoso?

Quase um ano após o seu assassinato na chamada “Tentativa de Massacre do Brás”, onde quatro estudantes angolanos foram alvejados num ato racista e traiçoeiro no bairro de Brás, a história de Zulmira Cardoso e a busca por resposta surge novamente num documentário da TV Al Jazeera. Lançado em 130 países no dia 18 de fevereiro traz o rapper angolano Badharo no documentário Open Arms, Closed Doors” (Braços Abertos, Portas Fechadas).

Um texto do jornalista Leonardo Sacamoto faz a apresentação do documentário.

O que não está presente nesse documentário foi à luta e a pressão da Sociedade Brasileira. Entidades Civis, Entidades do Movimento Negro, Associações de Estudantes Angolanos e Africanos, Movimentos de Apoio e defesa de imigrantes, africanos, haitianos e sul americanos, políticos e personalidades.

Ficam as perguntas: Quem cometeu a “Tentativa de Massacre do Brás”?

Quem matou Zulmira Cardoso e assassina com seu silêncio todos os dias?

Justiça! Quando? Já?

http://zulmirasomosnos.blogspot.com.br/2013/02/bracos-abertos-portas-fechadas-brasil.html

Com um ato ecumênico na Educafro (organização educacional que tem participação de diversos estudantes angolanos) iniciou-se a uma frente composta de diversas entidades da sociedade civil, entidades do movimento negro, entidades de estudantes africanos, representantes de diversas religiões, personalidades e políticos chamada de “Mobilização Zulmira Somos Nós”.

Várias reuniões ocorreram na Câmara Municipal de São Paulo, com participação de mais de 100 entidades.

Para a surpresa de todos o que era um caso, mostrou ser um sintoma de rejeição de imigrantes africanos e haitiano. Nos casos relacionados viu o que “inicialmente parecia uma ilha, era na verdade um continente...”.

 

PARA ENTENDER OS CASOS CLIQUE NOS LINKS

Cabo Verdiano assassinado em Fortaleza

Guineense assassinado em Mato Grosso

Operação da PF em São Paulo faz arrastão de 700 pessoas

Incêndio criminoso na UnB na moradia de africanos

Africanos sofrem racismo da polícia em Porto Alegre

Ataques racistas na Unesp com a frase “Sem cotas para Animais da África”

Estudantes que sofrem racismo em sala de aula por parte dos professores

Durante as reuniões viu-se que os atos de racismo e violência apesar de terem ocorrido com africanos e haitianos, tinha um lado maior: o próprio racismo da sociedade brasileira voltada contra a população jovem negra e parda. Fatos esses constantemente apontados pelo “Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra e Periférica de São Paulo”. O Governo Federal lançou o “Programa Juventude Viva” para tentar solucionar.

Reportagens da TVT – vídeos:

1) Estudantes angolanos exigem desculpas do governo brasileiro e pedem investigações

2) Morte de angolana reacende polêmica sobre o racismo no Brasil

3) Imigrantes denunciam assassinatos e agressões em SP

Rádio Agência Notícias do Planalto:

Suspeito de matar estudante angolana é preso em São Paulo

Angolanos exigem desculpas de Dilma, por assassinato de estudante

Agência Brasil – EBC:

Africanos são assassinados no Brasil por motivos racistas, segundo organizações de direitos humanos

Imigrantes denunciam assassinatos e agressões em protestos contra racismo e xenofobia em SP

Site SPspress

Ato lembra morte de angolana em SP e cobra novas políticas para imigrantes

Portal Câmara Municipal de SP

Audiência pública debate morte de estudante angolana

Comissão cobra apuração de assassinato de angolana

Agência de Informação Multiétnica/Afropress

Polícia prende acusado pela morte da estudante angolana

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